Contatos entre o Presidente do SITESP e a
Jornalista da Folha foram fundamentais para que o Jornal publicasse a matéria.
Entretanto, o inteiro teor texto do presidente do SITESP não foi publicado.
Infelizmente o Brasil é assim. Todavia, ficou registrada a defesa da categoria
junto ao Jornal e perante a todos. Encaminhamos também a matéria do presidente
para a Assessoria de Imprensa da Secretaria da Fazenda. O ponto chave do texto
é a necessidade de uma política salarial centrada numa remuneração justa e extensiva
a aposentados e pensionistas sem perdas.
30/11/2013 - 03h02
Servidor vai à Justiça para incorporar bônus a salário Publicidade
ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO
Servidor vai à Justiça para incorporar bônus a salário Publicidade
ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO
Um número crescente de servidores do Estado de São Paulo tem recorrido à
Justiça para pedir que os prêmios por desempenho pagos pelo governo sejam
considerados parte de seus salários. A legislação estadual estabelece que os
prêmios são remuneração variável e não devem ser usados, por exemplo, no
cálculo do décimo terceiro salário e das férias. Cerca de 100 mil servidores do
Estado --entre um total de 570 mil funcionários-- têm direito a um dos 11
prêmios por desempenho individual existentes atualmente.
Servidores de algumas categorias dizem que o governo usa os prêmios para não
conceder aumentos salariais que onerariam de forma permanente a folha de
pagamento. "Isso é complemento salarial. Não poderia nem ter o nome de
prêmio", diz Gervásio Foganholi, presidente do SindSaúde/SP.
O governo nega e afirma que o objetivo dos prêmios é apenas incentivar os
funcionários públicos a perseguirem melhor desempenho. Uma busca feita no site
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mostra um forte aumento no número
de decisões de segunda instância a respeito de alguns prêmios criados na década
de 90. Não há estatísticas sobre o resultado dessas decisões. Mas, entre os 25
acórdãos mais recentes, 20 deram razão aos servidores nos pedidos para que os
prêmios entrem no cálculo do décimo terceiro. Algumas citam acórdãos anteriores
do TJ-SP com a mesma interpretação. "É inegável que a verba tem natureza
remuneratória", diz uma das decisões.
Em reportagem publicada no último domingo, a Folha mostrou que a maioria dos
servidores são bem avaliados por seus chefes. Oito em cada dez recebem o
equivalente a 90% do prêmio máximo destinado a seus cargos.
"O governo troca uma política de valorização de salários por uma política
de prêmios que, hoje, correspondem à maior parcela do nosso salário", diz
Mauro de Campos, presidente do Sitesp (Sindicato dos Técnicos da Fazenda
Estadual).
A remuneração bruta média dos cerca de 100 mil servidores avaliados em junho
era de R$ 4.150. Sem os prêmios, o valor é de R$ 3.300. Para a médica
Christiane Finardi Pancera, do Hospital das Clínicas, o regime de renda
variável do governo "não incentiva ninguém". Ela diz que, na carreira
médica, os salários e prêmios não valorizam, por exemplo, diplomas de
pós-graduação ou publicações acadêmicas.
Segundo o secretário de Gestão Pública do Estado, Davi Zaia, a política de prêmios ainda pode ser aprimorada.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1378772-servidor-vai-a-justica-para-incorporar-bonus-a-salario.shtml
Segundo o secretário de Gestão Pública do Estado, Davi Zaia, a política de prêmios ainda pode ser aprimorada.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/11/1378772-servidor-vai-a-justica-para-incorporar-bonus-a-salario.shtml
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